Depois de uma viagem de cento e quarenta e três dias, os Servos de Maria chegaram em Sena Madureira, na extremidade oeste da Amazônia perto do Peru. Enviados pela Papa Bento 15, os frades Servos de Maria com antiga fundados em 1233, partiram da cidade de Bolonha no dia 19 de Março e chegaram a Sena Madureira no dia 15 de Agosto de 1920. Era uma Missão com uma extensão do tamanho da metade da Itália, nada de estradas, só atravessada de grandes rios, como Purus, Acre, Iaco, Macauã e Caeté. Chegaram em seguida também as irmãs Servas de Maria Reparadoras e as servas de Maria de Galeazza. As viagens realizadas por estes missionários italianos nas vilas ao longo dos rios e no coração das matas, se forem somados dariam mais de uma viagem de ida e volta até a lua. Pelo anúncio do Evangelho, muitas obras sociais foram realizadas como escolas, enfermarias, um hospital especial para hansenianos e um hospital para 190 leitos. Padre Paolino Baldassarri, natural de Loiano, completando 60 anos di serviço na Amazônia já distribuiu toneladas de medicamentos ao longo dos rios e nos bairros de sena Madureira., onde o primeiro médico só chegou em 1975. Mas o maior dos problemas começou no trágico ano de 1968 quando as primeiras grandes árvores foram derrubadas e assim a floresta milenar começou a ser destruída. A majestosa floresta que absorvia dióxido de carbono e oferecia oxigênio para a saúde todos os seres viventes, foi substituída pelas pastagem para criação de gado.
E pelo fato das estradas não existirem, as gigantescas árvores nas suas imensas florestas acabavam sendo queimadas e continuavam naquela angustiosa agonia de morte meses a fio queimando num fogo violento e destruidor. Parecia o inferno. As estradas logo se abriram penetrando florestas e assim o precioso Mogno era avidamente transportado na direção de todos os países do mundo. Destruição ecológica total. Milhões de Km quadrados de Floresta, milhões de animais e várias espécie desaparecidas para sempre. Milhares de Índios e Seringueiros enxotados para longe de suas casas e de sua terra, se refugiando nas periferias das cidades, em áreas de risco, construindo favelas. Até o último respiro da nossa vida, grilaremos em favor da Amazônia e em favor de todos os povos da Floresta. Publicamos cento mil cópias em quatro línguas do Livro: A Amazônia que nós não conhecemos” clamando a opinião pública para se alertar diante da destruição da Floresta e clamado os governos de todos os países do mundo para modificar suas escolhas políticas e favorecendo uma consciência ecológica em seus países. Sim , em nome de Deus pedimos um JUBILEU DE 10 ANOS, em favor da Floresta suspendendo na maneira mais absoluta a destruição da fantástica Floresta Amazônica. Ultimamente algo está melhorando, pois a destruição diminuiu. Rezamos para que os Países cooperem e não adquirem a preciosa madeira da floresta e seu preciosíssimo Mogno. E' este o último grito do padre Paulino, do Padre André e do padre Heitor, todos com 84 anos de idade e há 60 anos na luta, com tantos outros que já deram sua vida por este povo e pela vida desta floresta. |
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