O PADRE MÁSSIMO E OS HOMOAFETIVOS. NO INSTITUTO ECUMÊNICO FÉ E POLÍTICA Debate sobre o futuro da família Brasileira O assunto é sobre a legitimação da União de pessoas do mesmo sexo (casais homo afetivos) equiparada á instituição familiar. 1. Falo como padre, membro da Igreja católica. Qual é a posição da Igreja Católica a respeito desta matéria em questão? -A Constituição federal (Cap. VII; art.226 -3º.). Manda o Estado oferecer proteção à instituição da família reconhecendo o direito da união estável entre um Homem e uma Mulher.. Alei favorece esta união padrão, consubstanciada no casamento monogâmico. -Pelo Código de Direito canônico a Igreja Católica estabelece que, por sua índole e direito natural, o matrimônio é ordenado ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole. O pacto matrimonial entre o homem e a mulher se constitui um consorcio por toda a vida. Jesus Cristo define o matrimônio como monogâmico e indissolúvel. Entre batizados o matrimônio é pacto sagrado, sinalizando a santificação dos cônjuges. Portanto a família na visão da Igreja é uma aliança livre entre o Homem e a Mulher que se torna um Sacramento enquanto é sinal da união de Deus o esposo e da Igreja sua esposa. É uma escolha livre, estável e indissolúvel, aberta á procriação, é monogâmica, sem divórcio, sem aborto, sem infidelidade. 2. Falo agora como pastor deste Povo de Deus. Não se pode negar ou negligenciar o fato de tendências homossexuais inatas em homens e mulheres. Mesmo assim existem escolas de psicanálise e de estudo do inconsciente que afirmam que a tendência homossexual seja o fruto de interferências a partir desde o seio materno. O certo é que ninguém escolhe esta condição, mas neste segundo caso se abriria a possibilidade de uma correção desta tendência através de acompanhamento psicológico e espiritual. De qualquer forma cada um deve ser acolhido com respeito e delicadeza e deve se evitar todo sinal de discriminação (CIC NN.2357 e 2358). De fato esta mesma compreensão já está sendo usada diante do caso de casais que caíram na infidelidade, casais em segunda união, casais que favoreceram o aborto. Quando acontece algo assim numa família, a Igreja com seus pastores se questiona sobre o porquê, as causas, para articular uma ação pastoral mais adequada para uma preparação mais adequada para se formar uma nova família, proporcionar uma educação sexual mais adequada para os adolescentes e jovens. Hoje surge publicamente esta questão polêmica que corre o risco de posturas intolerantes e agressivas dos dois lados. Militantes do homossexualismo comparam-se às minorias excluídas, vítimas de preconceitos, imaginando perseguidores por todo lado. Manifestam sua agressividade nas paradas gay, ofendendo as várias religiões, provocando com atitudes eróticas o senso comum. Já pelo outro lado, há violência, expulsão das escolas, das famílias e até morte. O perigo é favorecer e provocar agressões, através das muitas manifestações que poderão acontecer pelo Brasil, por que as vezes em nome de um valor a gente comete crimes maior que se quer evitar. 3. Falo agora como cidadão. O estado é laico e não tem religião. Mesmo assim deve garantir a liberdade religiosa de todos, e a defesa da dignidade da pessoa humana conforme o Art. 5 da Constituição. A liberdade de expressão tem um limite que é o respeito da dignidade humana. O fundamentalismo não respeita a dignidade da pessoa humana, pois a única verdade que possa existir é patrimônio do fundamentalista. O Estado Laico é separado de qualquer igreja e sua lei não é a Bíblia, nem o Alcorão, nem a Torá, mas a Constituição federal. E a Bíblia bem estudada, favorece uma religiosidade sadia, tolerante, livre de fundamentalismo, ajuda a cultivar uma fé madura, exigente pela qual o amor vai estreitar os laços entre os seres humanos, através do diálogo, do respeito da identidade do outro. Para os cristãos, e pela Constituição Federal, qualquer pessoa possui o direito de estabelecer meios para sua sobrevivência digna, em particular ou em parceria, independentemente de sua opção afetiva e sexual. O Kit contra a Homofobia tem sido uma grande polêmica: como educar ao respeito, para com os homo afetivos, como fomos educados a respeitar os negros, os deficientes físicos e as minorias étnicas? O Kit foi bem estudado para não favorecer nos adolescentes hétero sexuais uma tendência homossexual ? Os trâmites desta lei não deveria ser o fruto de estudos e debates mais aprofundados entre todas as categorias do país e não só de uma dúzia de Juízes? Todo cidadão tem o direito de ser protegido por leis que possam criar esta estrutura que facilite a vida. Que possa orientar a conduta caso algum componente do casal homossexual morra e há necessidade de deixar herança. Mas esta união não deveria ser equiparada ao casamento ou ao Matrimônio. O debate está aberto e por isso a mente deve estar aberta para um discernimento que vise proteger os direitos de ambas as partes e da Família, que queremos seja ainda educadora das futuras gerações .
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