35 BISPOS E 35 COORDENADORES DE PASTORAL DAS DIOCESES DE TODA A AMAZÔNIA.
O PROJETO DE FORMAÇÃO INSPIRADO NA ESPIRITUALIDADE DO
SEGUIMENTO DE JESUS CRISTO QUE ARMA SUA TENDA NA AMAZÔNIA E QUE CONVOCA A
IGREJA PARA ASSUMIR OS DESAFIOS DA REALIDADE RELIGIOSA E ECLESIAL
. "Levanta-te, desce e vai com eles sem hesitar,
pois fui eu que os mandei" (At 10,25)
Nestes 40 anos, nos identificamos como uma Igreja encarnada,
articulada nas inúmeras comunidades cristãs de base. No encontro de
Manaus, ao celebrarmos os 25 anos de Santarém (1997), o documento final
"A Igreja se faz carne, e arma sua tenda na Amazônia" apresenta, uma
profunda e clara consciência de uma Igreja discípula da Palavra,
testemunha do diálogo, servidora e defensora da vida, irmã da criação,
que se deixa iluminar por algumas perspectivas evangelizadoras:
Inculturação, cidadania, formação e anúncio central da Boa Nova! Dez
anos depois, no Encontro de 2007, reafirmamos nossa identidade de Igreja
discípula missionária, ministerial, que assume a vida do povo, que se
articula na paróquia como rede de comunidades e nas comunidades
eclesiais de base.
Em meio aos desafios de hoje, inspirados também pela Conferência de
Aparecida (2007) e pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da
Igreja no Brasil (2011-2014) e das urgências ali indicadas, destacamos:
1. Iniciação Cristã à luz da Palavra de Deus e a Catequese de inspiração catecumenal
1.1.
Cuidar para que a Palavra de Deus ocupe o lugar central, através da
animação bíblica da vida cristã e da ação evangelizadora;
1.2. Educar
para interação fé e vida, que possibilite desde o início a
conscientização como pressuposto indispensável a libertação;
1.3. Promover a leitura orante da Bíblia;
1.4. Conduzir ao encontro pessoal com Cristo através dos sacramentos, principalmente da Eucaristia;
1.5. Orientar para que vida sacramental se expresse do compromisso social e comunitário do cristão;
1.6. Envolver a família como corresponsável do processo de iniciação de iniciação cristã.
2. Comunidades eclesiais vivas missionárias, proféticas e abertas ao
diálogo ecumênico e interreligioso como as CEB's e outras formas de
vivência comunitária.
2.1. Formar e dinamizar comunidades e
lideranças missionárias numa pedagogia que considere a vida e a
realidade das pessoas dando-lhes atenção e acompanhamentos necessários a
fim de que abracem com convicção o seguimento a Jesus Cristo, sendo
protagonistas da missão;
2.2. "Formar ministérios adequados às
necessidades de nossas comunidades, especialmente o ministério do
pastoreio de comunidades, exercido por leigos (as) que sejam servos (as)
do povo, abertos (as) ao diálogo e ao trabalho em equipe e que,
devidamente preparados (as) assumam, em nome da Igreja a direção
pastoral de uma comunidade, sendo por ela sustentados (as)" (Doc.
Manaus, 1997, nº 47);
2.3. Assumir a Igreja ministerial que acolhe,
valoriza e cria espaço para que os dons e carismas se concretizem
através dos leigos, religiosos e presbíteros segundo as características
da Amazônia;
2.4. Viver o caminho da Igreja Profética que escuta a
Voz de Deus na Palavra Sagrada Escrita e nos gritos do povo e proclama a
luz de Deus que denuncia erros e injustiças, apontas luzes e
esperanças;
2.5. Cultivar a espiritualidade do seguimento a Jesus
Cristo que arma sua tenda na Amazônia, fazendo nascer convicções e
tornando-as firmes;
2.6. Valorizar as assembléias e conselhos pastorais como espaço de comunhão, participação e compromisso;
2.7. Capacitar as lideranças para visitas continuadas a famílias e comunidades, especialmente as mais distantes;
2.8.
Considerar e fortalecer as diferentes comunidades rurais, ribeirinhas,
das estradas, indígenas, quilombolas e das periferias;
2.9.
Incentivar a presença e a ação dos leigos e leigas em todos os ambientes
urbanos para que sejam protagonistas da evangelização;
2.10. Promover iniciativas ecumênicas por meio de atividades caritativas e sociais;
2.11. Ir ao encontro dos católicos afastados e acolher os que retornam de outras igrejas;
2.12. Valorizar as devoções populares iluminando-as com a Palavra.
3. Formação presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas para uma Igreja toda ela missionária e ministerial:
3.1.
Priorizar e investir em formação permanente (compromisso constante),
diversificada (padres, diáconos, leigas/os levando em conta as
diferentes atuações do laicato dentro da Igreja e na sociedade),
descentralizada e encarnada (a partir da realidade) numa atitude
transformadora e libertadora;
3.2. Valorizar e integrar as diferentes experiências de formação dos nossos regionais;
3.3. Aproveitar os recursos tecnológicos, como cursos à distância;
3.4.
Fortalecer os centros de formação já existentes (Instituto Pastoral
Regional - IPAR, Instituto Regional para a Formação Presbiteral - IRFP,
Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior - ITEPES, Faculdade
Católica de Rondônia, Centro de Cultura e Formação Cristã -CCFC,
Faculdade Diocesana São José - (FADISI);
3.5. Promover o intercâmbio entre Institutos, casas de formação e escolas de lideranças;
3.6. Criar equipes itinerantes de formação;
3.7. Estimular planos de formação integral, processual e inculturada;
3.8.
Formar presbíteros despojados, simples que não busquem auto-promoção,
que sejam missionários em maior sintonia e contato com as comunidades;
3.9. Formar Diáconos Permanentes considerando as orientações da CNBB;
3.10. Criar um Instituto de Pastoral para o Noroeste;
3.11. Realizar experiências missionárias com os seminaristas, religiosos e leigos;
3.12. Fortalecer as escolas de fé e cidadania, bíblicas e teologicas nas dioceses e prelazias.
4. Opção pela evangelização da juventude
4.1. Fortalecer as diversas expressões da juventude (grupos, PJs, movimentos);
4.2. Apoiar o setor juventude como articulador da Pastoral Juvenil em nossas dioceses e prelazias;
4.3. Articular a Pastoral Juvenil com Pastoral da Educação e Universitária;
4.4. Preparar pessoas para o acompanhamento dos jovens;
4.5. Ajudar na formação de professores católicos para o ensino religioso.
5. Sustentabilidade econômica
5.1. Melhorar e motivar a pastoral do dízimo como instrumento principal de auto-sustentação;
5.2. Assumir a Campanha de Solidariedade e Partilha de todas as Igrejas do Brasil em vista da formação de seminaristas;
5.3. Reforçar as Campanhas de Evangelização, CF e Missionária.
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VISITA À ILHA DE MARAJÓ
UMA DESEMBARQUE ALUCINANTE. |
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