ANALFABETO BÍBLICO NUNCA MAIS.




Nos Retiros, nos planejamentos e sobretudo nas visitas, descobrimos que o discípulo é aquele que escuta, compreende, vive e anuncia a Palavra de Deus. Sem  a Palavra de Deus na mão, no coração e nos pés, não existe nem discípulo nem missionário.
Realmente  o primeiro passo a ser dado, é colocar a Bíblia nas mãos do povo. Este é o início da mobilização bíblica a ser implantada: “Bíblia na mão, no coração e pés para a missão.” Sem a Palavra, a missão enfraquece e desaparece pois o ardor e a perseverança na missão vêm da Palavra. O anjo do Apocalipse tem o livro aberto em suas mãos (Ap 10,8).

A mobilização bíblica consiste em:

a.   Colocar a Bíblia na mão do povo, proporcionar uma iniciação bíblica básica, ensinar a  manuseá-la, ou, como dizem os internautas: “Navegar na Bíblia”. Até as crianças sabem como abrir e lidar com o computador, o celular, a televisão, mas não sabem abrir a Bíblia.
b.   Oferecer cursos bíblicos, escolas bíblicas para em seguida formar Grupos de Evangelização ou Grupos de Animação Missionária para que a Palavra seja interpretada e compreendida corretamente. Ter a Bíblia na mão e saber lê-la, interpretá-la corretamente é o que a Paróquia deverá oferecer aos  fiéis.

c.   A porta de entrada no mundo bíblico é a leitura orante da Bíblia, a lectio divina. O povo adquire gosto, sabor e desejo da Palavra pela meditação, pela leitura orante, que tem a finalidade de apaixonar o coração pelas Sagradas Escrituras. E podemos até lembrar os cinco passos conhecidos nos retiros das SMP: LER, CONTAR, MEDITAR, AGIR E CONTEMPLAR.

POR QUE UMA MOBILIZAÇÃO BÍBLICA?

Primeiro: O nosso povo não tem acesso à Palavra e nossas homilias dominicais são insuficientes. Colocamos nas mãos do povo catecismos, livros, cartilhas e folhetos, mas é urgente também dar-lhe a Bíblia. O Papa Bento XVI dizia na sua recente viagem ao Brasil: “É preciso trabalhar com o Evangelho nas mãos”. É realmente pegar o Livro nas mãos e comê-lo, como dizem os profetas.

Segundo: O catolicismo devocional deverá tornar-se um “catolicismo bíblico”. A Bíblia trará sabor e vigor para nossa vida sacramental, pastoral, social e espiritual. A realidade mostra que a Sagrada Escritura é a vitória das seitas e movimentos religiosos. Pois o “Católico ignorante é futuro protestante”

Terceiro: O atual Sínodo dos Bispos escolheu como tema "A Palavra de Deus na vida da Igreja”. Vemos que o Papa entende que chegou a “Hora da Bíblia”. A Igreja, há décadas insiste nesta tecla: antes o Concílio Vaticano II,  hoje é a Conferência de Aparecida e nestes dias o Sínodo dos Bispos em Roma que insiste que o futuro da Igreja e do Catolicismo passa pela Sagrada Escritura. A mobilização bíblica é um sinal dos tempos neste inicio do novo milênio.
Quarto: Enfim é a experiência das SMP que aconteceu e está acontecendo em nossa diocese que clama por formação bíblica que acompanha a iniciação cristã e a Catequese a todas as idades,  que  começa com um encontro, uma experiência pessoal e uma atração por Alguém. A Bíblia é o lugar certo para este encontro e fascinação. A vida cristã não começa com normas, leis, obrigações, mas com a descoberta de uma amizade, um amor verdadeiro, uma paixão pessoal. A Bíblia é o livro do encantamento e do compromisso dos cristãos.

Uma mobilização bíblica tem um grande preço. Antes de tudo, a propaganda, a motivação do povo, o incentivo e a organização de uma Escola Bíblica permanente, na diocese e na paróquia, com destaque da leitura orante que desenvolverá o gosto pelo estudo.

Mas será super necessária uma “fantasia de criatividade bíblica” como: escolas bíblicas, panfletos, vídeos, revista em quadrinhos, maratonas bíblicas envolvimento da Catequese e das equipes de Liturgia, oferecer retiros bíblicos, semanas bíblicas, e a Romaria da Bíblia, reunindo todas as paróquia da cidade.

Ter a Bíblia na mão como temos o Celular e ir de casa em casa, ensinar o povo a abrir a Sagrada Escritura, meditar e compreender a mensagem divina. A Bíblia é o livro da Vida. “Toma-o e come” (Ap 10, 9).
 


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