BATISMO DE CRIANÇAS



Batizar significa “imergir”. Quem é batizado recebe vida nova e ressuscita com Jesus, não pela força das águas, mas porque imerso na morte de Cristo  e no banho da regeneração do Espírito Santo.
2 Cor 5,17. “Se alguém está com Cristo é  nova criatura.”
Tt 3,5 “...mas porque fomos lavados por sua misericórdia através do poder regenerador e renovador do Espírito Santo.”

Frutos do Batismo. O Batismo perdoa o pecado original, todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado; faz participar da vida divina trinitária mediante a graça santificante, a graça da justificação que incorpora a Cristo e à sua Igreja; faz participar do sacerdócio de Cristo e constitui o fundamento da comunhão com todos os cristãos; propicia as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo. O batizado pertence para sempre a Cristo: é marcado, com efeito, com o selo indelével de Cristo.

O Protestantismo durante a Reforma no século XV inventou que o Batismo não pode ser ministrado às crianças. Esta novidade foi introduzida pelos Anabatistas, palavra que significa “rebatizadores”, devido a sua rejeição do batismo infantil e sua forte ênfase na conversão individual, confirmada pelo batismo voluntário como sinal exterior). Mas, a rejeição do batismo de crianças não possui fundamentação bíblica.

A Bíblia não proíbe batizar crianças.

  1. As crianças, tendo nascido com o pecado original, precisam ser libertadas do poder do Maligno e ser transferidas para o reino da liberdade dos filhos de Deus (Rm 3, 23; 5,12; Sl 51,5).

  1. Na Sagrada Escritura encontramos várias passagens que narram a história de pagãos que professaram a fé cristã e que foram batizados "com toda a sua casa". A palavra "casa" significava a família completa, o chefe de família com todos os seus domésticos, inclusive as crianças (At 2, 38-39; 11,14; 16,14-15.31-33; 18,8; 1Cor 1,16).
At 16, 14-15 “...O Senhor abrira o coração de Lídia para que aderisse às palavras de Paulo. Após ter sido batizada, assim como toda a sua família, ela nos convidou..”

  1. O Apóstolo Paulo faz uma relação entre a circuncisão judaica e o batismo cristão (Col 2,11-13). Ora, a circuncisão que era o sinal da iniciação do Judeu na vida religiosa, era realizada também nas crianças. A circuncisão (sinal da Antiga Aliança) foi substituída pelo Batismo (Sinal da Nova Aliança). Inclusive, o próprio Cristo foi circuncidado quando ainda criança (Lc 2, 21-24).

  1. No Novo Testamento encontramos vários textos em que Jesus faz referências claras às crianças como eleitas de Deus (Mt 19,13-15; 21,16; Mc 10,13-16; Lc 18,15-17).

  1. Outros textos mostram que, pela fé e santificação dos pais, os filhos também podem ser santificados e abençoados (1Cor 7,14; Mt 9,18-19,23-26; 17,14-18; Lc 7,11-17; Jo 4,46-54).

  1. Jesus garantiu que “as portas do inferno jamais prevalecerão contra a Igreja” (Mt 16,18). Em outras palavras, a Igreja jamais pregaria o erro. Para isso, o próprio Cristo garantiu a Sua Assistência Divina à Igreja todos os dias até o final dos tempos (Mt 28,20). A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar Batismo mesmo às crianças. Os apóstolos, aos quais foi dado os segredos dos divinos sacramentos sabiam que havia em cada pessoa inclinações inatas do pecado (original), que deviam ser lavadas pela água e pelo Espírito.

  1. Portanto, não encontramos na Sagrada Escritura nenhum mandamento contrário ao batismo de crianças. Antes, verifica-se que ninguém deve ser privado da graça batismal, condição necessária para a salvação (Mc 16,16; Jo 3,5). E esta sempre foi a prática da Igreja, porque ela sabe que Deus quer que todos sejam salvos (1Tim 2,3-4).



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