1. UMA PAIXÃO POR FORMAÇÃO BÍBLICO-MISSIONÁRIA.
Tudo recomeçou com as Santas Missões Populares em 2005: nasceu uma flor sem defesa, precisando de muitos cuidados, pois se queria perfumar e dar um novo sentido a todas as pastorais, oferecendo um novo estilo de vida a todos os católicos, a começar pelas lideranças das nossas Comunidades. Começamos a perceber um novo despertar para a formação bíblica, movidos pela mística e espiritualidade missionária e pela convicção de ter experimentado um encontro com Jesus, primeiro missionário do Pai. Cresceu a sede por formação sólida que proporcionasse uma doutrina sólida e convicções profundas, um conhecimento firme e uma paixão pela Palavra e pela pessoa viva de Jesus.
2. UMA PAIXÃO CRESCENTE PELA MISSÃO.
Cresceu uma renovada paixão pela Missão, com aquela vontade de ver esta Igreja viva anunciando o Reino para todos com vibração e com gratuidade. Cresceu o conhecimento e o amor pelo bairro e pela Comunidade cristã, pela sua história, pelos seus protagonistas que ao longo de tantos anos foram os missionários a serviço de Jesus e do seu povo. Cresceu a paixão pelas visitas às famílias, aos doentes, aos distantes, aos jovens não evangelizados, aos lugares precisando desta Boa Nova, como a Casa dos Índio, Amigos do Peito, Pousadas, Hospitais, Presídios.
3. UMA VIRADA PASTORAL É AGORA POSSÍVEL.
Assim todas as paróquias se encontram hoje numa possível virada pastoral, pois a Escola Bíblica com visão Missionária está sendo uma realidade em todas as Comunidades. Isso é o maior salto qualitativo da caminhada da nossa Igreja que está olhando novamente com o carinho para as Comunidades Eclesiais de Base, cuja experiência está sendo reavivada, como brasas debaixo das cinzas. Afinal as CEBs sempre nos ensinaram que Jesus deve ser encontrado na convivência com os pobres, nas visitas constantes às famílias, aos doentes, aos detentos, com criatividade libertadora. A experiência das CEBs nos ensinou a transformar as Paróquias, os Centros Paroquiais e os Centros comunitários em espaços abertos para todos os necessitados e excluídos em busca de uma acolhida fraterna. As CEBs sempre nos ensinaram que Jesus devia ser encontrado na Palavra viva e partilhada em pequeno grupos de rua, de ramal, de beira de rios e... na Eucaristia, mesmo que esta infelizmente chegasse a ser uma preciosidade por falta de condições pastorais.
Hoje temos todas as condições de uma verdadeira virada pastoral, pois reavivados pela Formação Bíblica e Missionária transformada numa Escola Permanente, novos caminhos estão se abrindo para este exército de novos discípulos missionários.
4. VALORIZANDO OS PEQUENOS GRUPOS.
O primeiro caminho será com toda certeza a valorização dos pequenos grupos onde a pessoa tem nome, onde se cultiva o compromisso com os pobres e se anuncia e se testemunha a Boa Nova com renovado ardor, entusiasmo e perseverança conforme a experiência das primeiras Comunidades, de At 2,42-47.
No pequeno grupo todos se conhecem e o anonimato não existe mais. De cada membro se conhece o nome, família, endereço, profissão, tristezas e alegrias.
No pequeno grupo acontece o foco da evangelização nos becos, na rua, no prédio, na estrada, na beira do rio, no ambiente de trabalho.
No pequeno grupo se chega a um conhecimento maior da Palavra de Deus, a um compromisso social em nome do Evangelho, ao surgimento de novos serviços leigos e à educação da fé dos adultos.
No pequeno grupo se cultiva o chamado missionário entre os mais simples e afastados e se manifesta visivelmente a opção preferencial pelos pobres.
O pequeno grupo se chama de GAM: Grupo de Animação Missionária onde se aprende a trabalhar em equipe e de maneira gratuita e voluntária. Gratuidade para com Deus e para com os irmãos, sobretudo os mais excluídos. O membro do GAM alimenta a Mística da gratuidade pois vivencia o ensinamento de Jesus em Mt 10,8: “ vocês receberam de graça, dêem também de graça”
O GRUPO DE ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA
Quando o discípulo missionário tira aquele complexo de inferioridade, se apodera da Bíblia e conhece e ama o projeto do Reino anunciado por Jesus, sentirá então a maior necessidade e a profunda alegria de transmitir aos familiares, vizinhos e colegas esta Boa Nova que há um Pai bondoso que nunca nos abandona e precisa de cada um de nós para realizar o grande sonho de um mundo mais humano e fraterno.
Aí o discípulo missionário convida os vizinhos para lerem e partilharem a Palavra de Deus, transforma sua rua ou seu ambiente de trabalho numa pequena comunidade de base, cria laços de sincera amizade e alimenta o espírito missionário.
É só agora aguardar os bons frutos desta belíssima caminhada missionária: CADA RUA SEU GAM!
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