Identidade e tolerância num mundo de muitas crenças.



Novos desafios que amadurecem nossa fé e fortalecem nossa identidade de católicos.

Trinta anos atrás nas nossas visitas missionárias encontrávamos uma família que se declarava não católica a cada 10 - 15 famílias. Hoje acontece que numa rua possa haver mais evangélicos  que católicos praticantes. 
Até nas famílias dos Católicos atuantes, muitas vezes acontece que de cinco pessoas, duas são católicas, duas são evangélicas e uma é dependente de drogas. Ou com uma opção sexual diferente. Às vezes os jovens católicos ou os jovens evangélicos são também dependentes de drogas ou de álcool. 
Nas repartições públicas e em Casas Comerciais acontece o mesmo: às vezes nestes ambientes os evangélicos parecem bem mais treinados para tornar insuportável a vida dos católicos. É rotina ouvir queixas do católico atacado, humilhado e chamado de “ perdido”. 
Enfim, a Paróquia hoje tem um grande desafio: ser uma escola que garanta uma doutrina sólida e convicções profundas, testemunhando uma experiência intensa de Comunhão Fraterna e anunciando a Boa Notícia de Jesus com ardor missionário, em espírito de serviço e de diálogo, sem fanatismo e sectarismo.  
É por isso que a nossa Igreja vive um momento histórico, uma época fascinante e motivadora para testemunhar que Jesus é o mesmo, ontem, hoje e sempre (Hb 13,8) e continua guiando com o seu Espírito a Igreja que ele mesmo fundou.

O TEMPO ATUAL NÃO É O MAIS DIFÍCIL DA HISTÓRIA DA IGREJA.  
Quando tudo parece afundar, acontece o sinal da presença do Senhor da História: “Eu estarei com vocês todos os dias até o fim dos tempos.” (Mt 28,20) 
1. Quando o Povo de Deus estava escravizado durante 400 anos no Egito, Deus envia Moisés.
2. Quando o Povo de Deus estava cativo no Império dos Persas na Babilônia, Deus envia Mardoqueu e Ester.
3. Quando o Povo de Deus estava dominado pelos Gregos, Deus envia a família dos Macabeus.
4. Quando o Povo de Deus estava dominado pelo César Augusto. O Pai envia o Filho.
5. Quando a Igreja sofria 300 anos de perseguições, o Espírito Santo manda os Padres Apostólicos, os Apologistas e os Mártires. (até o Edito de Milão, ano de 313 ).
6. Quando a Igreja do Oriente e do Ocidente sofre por conflitos teológicos, O Espírito reúne os Bispos nos Concílios Ecumênicos (Nicéia (ano de 325), Constantinopla ( 381), Éfeso ( 431). Calcedônia (451). Converte Agostinho que foi bispo de Hipona e o maior teólogo da época.
7. Quando os Bárbaros invadem e destroem tudo, o Espírito envia o papa Leão Magno (440-461) e São Bento (480-547) com seus Monges para favorecer a conversão e a integração destes povos.
8. Um tempo abençoado começou com as grandes missões, convertendo os povos pagãos através da obra dos Monges missionários: São Columbano (592), o Monge Agostinho (599) e centenas de outros ainda.
 9. No ano de 610 surge o Islamismo, religião fundada por Maomé. O império Muçulmano invadiu a Ásia, o Egito, a Síria, a Pérsia, a Palestina, entrou na Espanha, em Portugal e na Itália. Tentou entrar na França, mas foi detido por Carlos Martelo em 732. Parecia que a Igreja estivesse de novo afundando....
10. Quando no início do ano 1.000, a Igreja estava nas mãos dos nobres e no clero entravam só os filhos deles. Foi escolhido o papa Gregório VII que acabou com aquele escândalo.
11. Quando em 1.500 Lutero espalhou a doutrina protestante, os bispos reuniram-se no Concílio de Trento: surgiu o perfil de católicos mais firmes em sua fé, mais convicto em suas opções e um reflorescimento extraordinário de Comunidades.
12. Pelos anos de 1.850, a Igreja estava sendo atacada pelos anárquicos, socialistas, liberais e o Papa Pio IX teve que abandonar a cidade de Roma. Parecia o fim da Igreja, mas foi o início de uma época de grande entusiasmo missionário em todos os cinco Continentes do Planeta.
13. Hoje muitos se preocupam com o avanço dos Evangélicos, chegam até a perder sua identidade católica e se enfraquecem na fé. Mas quando a gente medita  Mt 28, 20( ". Eis o que estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo." ) redobra suas forças, descobre sua identidade católica e reaviva sua convicções.

Hoje o Católico, vivo, atuante e missionário, deve conhecer a História do Povo de Deus, para testemunhar na sua Comunidade que esta igreja é guiada pelo Espírito de Deus e ninguém deve desanimar diante das dificuldades. 
A Igreja pode passar pelas situações e tribulações mais difíceis, mas nunca deverá se sentir abandonada pelo seu Mestre e Salvador. A tempestade vem e a tempestade vai, pois Jesus nunca irá abandonar sua Igreja (Mc 6, 47-52)

Antes de começar a conversa vamos entender o significado de alguns termos:

1. Católico: É a pessoa que pertence à Igreja Católica Apostólica Romana, mas pode ser não praticante, praticante e praticante missionário. O Católico considera a autoridade da Bíblia e do Magistério da Igreja, que orienta sobre a interpretação bíblica, sobre a fé e a moral.
2. Evangélico: É a pessoa que pertence a uma das milhares de denominações que surgiram do protestantismo. O Evangélico considera só a autoridade da Bíblia.
3. Ecumenismo: É o movimento de algumas Igrejas procurando o entendimento, a comunhão e a unidade dos cristãos.
4. Sectarismo: É a postura das pessoas intolerantes, que se acham únicos donos da verdade, desprezando e condenando os demais.
5. Qual o sonho de Jesus? Jesus sempre manifestou a vontade de uma só Igreja, de um só rebanho, povo de Deus andando pelos caminhos deste mundo testemunhando o amor e anunciando a Boa Nova da justiça e da paz.
6. Qual o ministério de Pedro? Simão recebeu o nome de Pedra (Cefas), e o ministério de apascentar a única Igreja de Jesus. (Mt 16,16-20) (Jo 21, 15-17)

1. A TEMPESTADE QU ESTÁ AMEAÇANDO O BARCO DE PEDRO NO INÍCIO DO NOVO MILÊNIO.

A barca de Pedro parece naufragar nas águas ameaçadoras e perigosas: Papa. Bispos, padres e fiéis recebem calúnias, difamações e acusações nos diversos meios de Comunicação.
Há um exagero de erros ou crimes cometidos até em épocas passadas e isso tem prejudicado toda a Igreja, inclusive a atual e a maior parte que sempre se comportou de modo exemplar e irrepreensível. Hoje a Igreja e a Família são as instituições mais atacadas pelos MCS (TV, Jornais, Rádio): parece que há uma trama para destruir o que mais Jesus amou dando até sua própria vida.
Nesta tempestade, você encontra pessoas, colegas amigos e até familiares completamente perturbados e confusos que chegam a deixar a Igreja Católica, entrar em outra ou pior, abandonar tudo e pronto. Hoje é fácil encontrar pessoas que mudam de Igreja, como mudam de partido, de time, de mulher, de casa, de profissão.

Mas o que é que está acontecendo hoje em dia?

Antigamente todos que acreditavam em Deus, eram católicos, havia respeito pela família. Hoje muita coisa mudou... para pior! Hoje em dia, cada um quer ter sua opinião, a autoridade da Igreja não é mais considerada, todos querem mais liberdade, mas às vezes a liberdade está sendo mal aproveitada e veja as conseqüências:
- A família esta sendo atacada. - A juventude está sendo desviada. - Casamentos de gay são incentivados. - Traficantes de drogas tomam conta da cidade. - Entre roubos e assaltos, a pessoa humana parece não ter mais respeito. - As nações do mundo não se entendem mais e o Planeta Terra está sendo ameaçado.
Tem gente demais vivendo na angústia por causa de graves problemas econômicos e familiares, violência, insegurança... Salve-se quem puder... Parece que não só a barca de Pedro, mas a barca do mundo esteja afundando.
- O Católico enfraquecido pode cair em várias armadilhas. A tempestade acontece com mais violência em áreas de migração, onde não houve uma atuação pastoral adequada, nem uma participação firme na Igreja. Assim os Católicos não conseguiram receber ou cultivar uma fé enraizada e madura.
Aí o rebanho sofre e é sujeito a várias armadilhas:
- Nestas áreas a Igreja se depara com um rebanho debilitado, enfraquecido, sujeito a ser pressionado e dobrado por atitudes sectárias que chegam a usar métodos insistentes que esgotam a resistência mental e física das pessoas. (Isso se chama de “lavagem cerebral”).
- Nestas áreas o rebanho sofre pelos ataques de pastores mercenários e fanáticos (sectários) que se apresentam com uma postura guerreira, gerando um terror de ir para o inferno, de ser perseguido por Satanás se você não entrar na Igreja deles.
- Enfim, outra armadilha é um elenco de promessas vantajosas que esperam por você quando se decidir a abandonar a Igreja Católica e aceitar o Jesus deles: receberás saúde para dar e para vender, curas, sucesso e prosperidade sem fim.
O caso das lideranças políticas. Mas não só o povo humilde, sofrido que cai em armadilhas da separação da Igreja de Jesus: você deve se lembrar de antigos líderes dos movimentos sociais, de sindicatos, de partidos de esquerda. Chegou aquele dia que se sentiram decepcionados diante do fracasso do sistema comunista e de sua ideologia. Eles se sentiram órfãos do materialismo histórico e dialético que nunca tinha levado em conta os aspectos espirituais da pessoa. Por causa disso muitos deles emigraram no materialismo espiritualista oferecido pelos novos movimentos religiosos.

2. UMA NOVA RELIGIOSIDADE ESTÁ SURGINDO: O SUPERMERCADO RELIGIOSO.

O homem de hoje vive uma religiosidade peregrina, caminhante, uma religiosidade “vagabunda”, que deixa para trás todo vínculo social, religioso e eclesial. A religião se torna um artigo de consumo para garantir o bem-estar imediato. Podem surgir dez cem ou mil denominações religiosas, cada qual com um nome mais cativante. Forma-se uma rede de grupos religiosos que por sua vez se diversificam em um número perturbador de grupos menores. Estes grupos religiosos que chamam de igrejas, se abrem para um mercado quase infinito, conforme os gostos ou as necessidades dos fregueses daquele lugar ou daquela categoria social. Um verdadeiro supermercado religioso.

3. TEMPOS FASCINANTES PARA A MISSÃO DA IGREJA

A Igreja não pode estacionar na “Praça dos Inconformados”, se trancando nas sacristias, fugindo do palco da história. A Igreja não vai chorar, não vai cruzar os braços, não vai reclamar dos velhos tempos da Cristandade onde havia consenso e unidade da fé. A Igreja entra na luta, no campo de batalha, enfrentando este novos desafios com mais entusiasmo, com a missão de sempre ser o fermento na massa.(Mt 13,33).
Hoje estamos descobrindo que ser de um lado dão a impressão de irem atrás da propriedade material e do materialismo consumista, por outro,manifestam a angustiante busca do sentido, a necessidade de interioridade, o desejo de aprender novas formas de oração.
E a Igreja tem um imenso patrimônio espiritual para oferecer à humanidade, pois a nossa riqueza é Cristo, Caminho, Verdade e Vida. Assim consideramos super fascinante este tempo, pois todos nós católicos somos chamados para atuarmos na Missão da nossa Igreja, que por natureza é missionária e não só geograficamente, mas nos diversos “areópagos” do mundo atual.
A Igreja missionária não vai mais agir como o avestruz, escondendo a cabeça debaixo do cão diante do perigo e da tempestade. Mas não pode também se conformar à mentalidade deste mundo(...), a um certo relaxamento como dizer: “viva e deixa viver, cada um decida como bem quiser, quem quiser se dane e pronto”.. A Igreja sim, deve estudar o fenômeno da migração religiosa para tomar posições firmes, claras e bem motivadas e para garantir as convicções profundas e a doutrina sólida da identidade católica. A Igreja deve conhecer e explicar o perigo das armadilhas em que o rebanho na sua fragilidade pode cair.

4. AS ARMADILHAS PARA DERRUBAR O CATÓLICO ENFRAQUECIDO

1. “ Venham todos, católicos, evangélicos, espíritas” Essas crenças sectárias procuram no início apresentar-se como compatíveis à fé católica. O resultado final é o de separar as pessoas da Igreja, causar desconfiança para com os padres e para com a doutrina católica, como Eucaristia, Batismo de crianças, imagens, etc. Os Adventistas, por exemplo, convidam todos para a campanha contra o fumo, a Igreja Universal convida para parar de sofrer, A Igreja da Graça para expulsar os demônios, a Igreja da Bênção para alcançar alguma cura etc. No fim chega o golpe e pronto.  
2. “A Igreja não salva ninguém”. É a antiga armadilha da Assembléia de Deus que costuma insistir que “só Jesus salva”. Na realidade a Bíblia ensina que a Igreja é o corpo de Cristo e que Cristo é a cabeça da Igreja. Quem separa Cristo de sua Igreja, separa a cabeça do Corpo, enfim não conhece nada da Bíblia. A Igreja salva, sim senhor, pois o Cristo que salva está na Igreja, aliás, é sua Cabeça. 
3. “Falou em Deus, para mim está certo, pois Deus é um só”. É a velha armadilha das Igrejas evangélicas para entrar de mansinho e depois dar o golpe. Todos sabem que até os fariseus e os doutores da lei falavam, em Deus, mas chegaram a crucificar Jesus em nome deste mesmo Deus. Hoje por causa de Deus e de sua Palavra livremente interpretada e mal conhecida, se chega a brigar, a ofender e a dividir famílias inteiras. “A árvore se reconhece dos seus frutos”.  
4. “Freqüento porque gosto.” É a resposta mais perigosa, porque dá valor às aparências. Veja o caso de quem se casa porque gosta: quando não gostar mais acaba o casamento. Gostar não é o bastante para tomar uma decisão séria. Tem gente que gosta das músicas ou de um convite ou de uma oração e acaba deixando a Igreja fundada por Jesus há dois mil anos para entrar numa igreja inventada pelos homens ante ontem. Igreja não é camiseta que se troque conforme os gostos do dia e da moda. 
5. “ Eu estou nesta igreja porque me garantiram que o meu caso terá uma solução”. O caso em questão poderá ser econômico, familiar ou emocional. Daí nasce o conhecido e astucioso lema: “Pare de sofrer”. Aí a pessoa entra numa proposta de fé de baixa qualidade e passa a tratar a religião como qualquer outro produto do mercado, que se não satisfaz será trocado tranquilamente. É a religião condenada por Jesus que expulsou do Templo os marreteiros da fé. Nestes Cultos o pastor sectário negocia com você a prova de sua fé que geralmente é dinheiro, bens materiais, parte do salário: quem dá mais recebe mais... Às vezes o pastor negocia com você o compromisso de participar daquele Culto umas 28 ou 36 vezes.

6.Visitas domiciliares. A visita dos evangélicos sectários ou protestantes tem a finalidade de confundir o católico em sua fé, sobretudo se estiver passando por uma fase de doença ou preocupações. A visita neste caso é para o católico entrar na crença deles. Eles colocam muitas dúvidas na cabeça dos católicos que chegam a angustiá-lo, como: “Você adora imagens: você é idólatra”. “Você na Igreja Católica não se salva”. “Se você quiser se libertar do poder do demônio entre na nossa Igreja”. “Seu vizinho está salvo porque já aceitou Jesus e você vai ficar com os cabritos se não fizer o mesmo”. Todos já percebemos que o Evangélico sectário estuda uns versículos da Bíblia para ofender e brigar, não para anunciar a Boa Nova. Desconfiar destas visitas é necessário.  
7. Convites repetidos e insistentes. É o que a psicologia chama de ”lavagem cerebral.” A pessoa acaba se entregando pelo enfraquecimento mental ou emocional. Fica traumatizada por tantas visitas de pessoas diferentes, convidando, prometendo, ameaçando, explicando passagens bíblicas, testemunhando casos. É na verdade um verdadeiro crime contra a liberdade religiosa, um atentado ao direito de escolhas livres e de viver sem discriminações. O convite quer convencer o católico a participar de um Culto e assim louvar e escutar a Palavra de Deus. Na verdade este católico se torna alvo para ser derrubado em sua fé. É claro, será bem recebido, acolhido e apresentado. Receberá até promessas de uma vida abençoada, caso permaneça naquela igreja. Enfim, será pessoa bendita e salva. Caso contrário receberá ameaças de ser um dos infiéis e perdidos do demônio, deserdados da bênção e condenado a castigos, desgraças e desventuras. Poderá haver também uma tentativa de levar este católico a um estado de exaltação para lhe dar a certeza absoluta que a partir de agora, os espíritos maus que lhe tem contaminado, estarão afastados de vez.

8. Oferecimento de Cursos Bíblicos. A proposta é apresentada sempre com as melhores intenções e o católico acha que vai conhecer a verdade para se esclarecer melhor sobre sua fé. Quem convida vai até dizer que o Curso vai explicar aquelas passagens que os padres escondem aos católicos. Este convite ao Curso Bíblico dos Evangélicos sectários vai ser a mais perigosa armadilha onde quem ficar ou vai cair ou vai brigar. Na realidade nos ambientes evangélicos a Bíblia é interpretada para acusar e maltratar a doutrina católica. Escolhem de preferência as passagens em que se acusa injustamente os católicos de idólatras e a fé da Igreja como sendo uma idolatria. O Católico vivo, atuante e esclarecido, deve freqüentar Cursos Bíblicos na sua paróquia e também o estudo do Catecismo da Igreja Católica. O Católico amadurecido e experiente conhece a estratégia maldosa dos evangélicos sectários e assim deverá preparar a defesa de sua fé, pois todo dia receberá acusações de adorar as imagens, de adorar Nossa Senhora e os Santos. Estas acusações falsas podem ser até motivo para dar parte na justiça, pois tentam desmoralizar a nossa fé católica e o ensinamento da nossa Igreja. Enfim estas graves acusações e calúnias exigem uma reparação na Justiça.
5. A POSTURA DO CATÓLICO VIVO E ATUANTE.

1. Diante das provações. O Católico hoje encontra perseguições e provações. “Se você decidir entrar no serviço de Deus, se prepare para a provação” (Eclo 2,1). A fé hoje como nunca deve ser madura e isso acontece se a pessoa souber enfrentar e vencer as provações como o “ouro é provado pelo fogo” (Eclo1,5). A provação acontece quando alguém que você considera muito acaba abandonando a caminhada da fé e da Igreja para desistir de tudo ou para entrar numa das tantas denominações religiosas. Quando for alguém da família da gente fica até pior, pois a convivência será mais tensa e conflituosa. Namorar e se casar com alguém que continue numa crença sectária é comprar brigas, mágoas e estresse a vida inteira.

2. O católico vivo é corajoso porque segue o Magistério da Igreja. Não desanima, não se deixa contaminar, não é a “Maria que vai com as outras”. Ele sabe que a sociedade de hoje é pluralista, que cada cabeça é uma opinião e que desde Lutero, os protestantes interpretam a Bíblia obedecendo ao “livre exame”, enquanto os católicos obedecem ao Magistério da Igreja.

Lembre-se disso:
- Evangélico é uma pessoa que segue o Evangelho, mas com uma interpretação pessoal.
- Católico é uma pessoa que segue o Evangelho, mas com a interpretação do Magistério da Igreja que começou com Pedro e chegou hoje a Bento XVI. Por isso o Católico é corajoso porque sabe dar razão de sua fé e de cabeça erguida, satisfeito pelos Sacramentos recebidos e pela Palavra, meios de salvação que por causa da assistência do Espírito Santo e do Magistério da Igreja não se contaminaram ao longo destes vinte séculos de história.  
3. O Católico vivo e atuante tem formação sólida e convicções profundas, pois continua se atualizando lendo e estudando. Mas sobretudo encontrou Jesus, Caminho, Verdade e Vida. Ele conhece e quer conhecer cada vez mais sua fé, a mensagem de Jesus e o Catecismo de sua Igreja, participa de Encontros de Formação, Cursos e se possível da Escola de Teologia.
O católico, que mais conhece mais ama, e mais ama, mais divulga, anuncia e testemunha. Enfim é um católico missionário, que se sente enviado para atuar e colaborar nalguma pastoral de sua paróquia, para servir melhor o Senhor e favorecer o crescimento de sua Igreja.

6. A PASTORAL PAROQUIAL.

1. Formação. A Paróquia com suas Comunidades, Pastorais e Movimentos se torna uma família educadora da fé que sabe favorecer o verdadeiro caminho para encontrar Jesus, o Senhor e Salvador. A Paróquia oferece uma formação sistemática, sólida e progressiva. O texto preferencial é a Bíblia e o Catecismo da Igreja Católica. Os Ministros, os Catequistas e os Animadores recebem propostas de formação especializada, super necessárias para um trabalho sério e seguro nos dias de hoje, para não “construir a casa sobre a areia (Mt 7,24-25). Mas devido às circunstâncias atuais, a paróquia deverá preparar os católicos para saber responder às armadilhas dos Sectários, dando razão de sua fé e de sua esperança. 
2. Missionariedade. A Paróquia deve hoje preparar os católicos a serem missionários. Cada leigo deverá ter a consciência que cada católico é missionário, protagonista da difusão e transmissão da mensagem do Evangelho em sua família, na sua rua e no ambiente de trabalho, com a forma de evangelização “corpo a corpo”, “pessoa para pessoa” marcando presença nos lugares públicos como hospitais, escolas e presídios. 
3. Acompanhamento pessoal. Na paróquia deverá ser encontrada a possibilidade de um atendimento para um Acompanhamento Espiritual ou Direção Espiritual. Hoje, o padre, as irmãs ou leigos amadurecidos e competentes podem desenvolver o ministério do apostolado e Acompanhamento Pessoal. 
4. Pastoral Juvenil. Os jovens recebem convites insistentes e cativantes. Sobretudo os jovens que não têm uma família bem estruturada, jovens sem trabalho e em conflitos com os adultos. As seitas oferecem-lhes afeto e os valorizam com cultos animados e cativantes. A Pastoral Juvenil criativa, bem apoiada e orientada é uma resposta urgente.  
5. Experiência de Oração. É urgente favorecer a experiência de um encontro íntimo e pessoal com Deus, transmitindo a arte da oração que leva à comunicação com o verdadeiro Deus. A Liturgia, os encontros de oração, as práticas de oração pessoal e comunitária devem levar a uma experiência pessoal com Jesus Cristo. A Paróquia será uma Escola de Oração, quando padre, religiosas e animadores souberam dar exemplo e testemunho de oração onde se experimenta o amor de um Deus que é Pai e que nos ama. 
6. Comunidades Eclesiais de Base e Movimentos. As pessoas hoje sentem a necessidade de relações mais estreitas, de laços de amizade e fraternidade. Isso se torna possível em pequenos grupos onde a pessoa é tratada como alguém de muito valioso, não é mais um número anônimo, pode ter mais participação, ser reconhecida, chamada pelo nome, ler a Palavra com outras pessoas, refletir e partilhar sobre ela e sobre tantos problemas que nos afligem. 
7. MCS, TV e Rádio. Precisa coragem, criatividade e ousadia, pois milhares de pessoas podem ser atingidas positiva ou negativamente através dos MCS. A Igreja deve investir mais e os católicos devem ser motivados a assistir, a colaborar e a participar desta evangelização moderna. 
8. Pastoral Familiar. A Família evangeliza quando vive unida, no diálogo, na oração, na leitura da Palavra, comunicando a fé aos filhos, se fortalecendo contra as tentações inclusive de se dividir por causa de religião. A família cristã é hoje evangelizadora e missionária e favorece os encontro com outras famílias, sobretudo de seu bairro.

6. AS CAUSAS DO CRESCIMENTO DE UMA IGREJA.  
1. Reino de Deus anunciado. A Igreja deve ter bem vivo o sonho de Jesus que é o Reino de Deus, que é “justiça, paz e alegria no Espírito” (Rm 14,17). O sonho de Jesus é vidas libertas do poder do inimigo, enfermos curados, o pão sobre a mesa de todos, injustiças desfeitas, fim do egoísmo, da falsidade, do sofrimento, toda a criação restaurada. Este sonho já começou e todos somos chamados a entrar nesta Missão.

2. Comunhão Fraterna. A Paróquia, nas suas Comunidades, Pastorais e Grupos deve oferecer uma gostosa experiência de fraternidade e de Comunhão Fraterna. Isso acontece quando a pessoa se sente acompanhada, querida e estimada, superando o isolamento e a solidão. O acolhimento, a ajuda e a compreensão marcam a vida das pessoas. 
3. Opção pelos pobres. A Igreja deve continuar a sua opção pelos mais pobres, que se sentem excluídos e abandonados. Os pobres, os amados pelo Senhor, são ajudados a expressar seus sentimentos e seus ideais e participar assim da vida da Igreja e da Sociedade. 
4. Plantar a Esperança. Hoje as pessoas sofrem pela insegurança, pelo medo e por falta de estabilidade. Estas pessoas precisam de esperança, de apoio, de acolhida e de fraternidade, sendo tocadas no emocional. A Pastoral da Igreja deve ajudar as pessoas a vencer o desânimo, a lutar e a sonhar juntos.  
5. A Amizade e o Serviço. A Evangelização começa pela amizade. O primeiro passo é construir uma Ponte de Amizade através do Serviço. Isso exige relacionamentos pessoais. O segundo passo é o Diálogo. O terceiro passo é o Testemunho pessoal e comunitário de conversão e de vida nova e das maravilhas operadas por Deus. Enfim o quarto passo é o Anúncio. 
6. A Família como Igreja Doméstica. A Família é vivida como Igreja Doméstica, quando há harmonia, oração e abertura às necessidades dos outros. A família cristã se abre para acolher o Grupo de Evangelização ou o Grupo de Oração, transformando assim a rua numa pequena Comunidade de Famílias. 
7. A Comunidade cristã é sempre missionária, pois aí se vive testemunhando a fé e anunciando com grande alegria e entusiasmo, felizes por pertencer a uma Igreja harmoniosamente unida e, por conseguinte missionária, mesmo com os defeitos e deficiência humanas.  
8. As Santas Missões Populares. A paróquia que quer crescer entra de corpo e alma nas SMP, aceitando esta proposta como dom de Deus, através da Igreja, sinal de reconciliação e de esperança neste mundo tão sedento da Boa Nova de Jesus. 
9. A Palavra de Jesus. Jesus termina o Evangelho de Mateus declarando que estaria sempre conosco até o fim dos tempos (Mt 28, 20). 
Isso significa que Jesus estava com sua Igreja no tempo de Pedro, durante o primeiro Milênio, durante o segundo Milênio e continua com sua Igreja no início deste terceiro Milênio. 
Por isso quem está com medo dos Evangélicos Sectários?

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