MARIA NA IGREJA



Na Bíblia Sagrada encontramos muitos personagens chamados por Deus para uma missão: Abrão,  Isaque, Jacó, Moisés, Davi, Salomão...  mas todos eles caíram no pecado. Só Maria é o exemplo perfeito de obediência fiel, perseverante até o fim, pois nela não se encontra pecado algum.
Maria realizou do modo mais perfeito, durante toda a sua vida, a obediência da fé: a vida de Maria foi um SIM total a Deus.

Lc 1,38 “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Veja agora alguns pontos importantes que nos ajudam a compreender a atenção incessante da Igreja em relação à Virgem Maria e à sua missão na história da salvação.

  1. Maria da Imaculada Conceição.
Deus escolheu gratuitamente Maria desde toda a eternidade para que fosse a Mãe de seu Filho. Para realizar essa missão, foi concebida imaculada. Isso significa que, por graça de Deus e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Maria foi preservada do pecado original desde sua concepção.

  1. Maria não conheceu pecado.
Pela graça de Deus, Maria ficou imune de todo pecado pessoal durante toda a sua existência. É a “cheia de graça” (Lc 1,28), a “Toda Santa”. Quando o Anjo lhe anuncia que daria à luz “o Filho do Altíssimo” (Lc 1,32), ela dá livremente o próprio assentimento com “a obediência da fé” (Rm 1,5). Maria se oferece totalmente à pessoa e à obra do seu Filho Jesus, abraçando com toda a alma a vontade divina de salvação.

  1. Maria sempre ao lado de Jesus e da Igreja.
Maria esteve presente em todos os momentos mais importantes da vida de seu Filho Jesus e da Igreja. Só para citar alguns: Nas bodas de Caná (Jo 2,1-12), aos pés da Cruz (Jo 19,25-27) e no dia de Pentecostes (At 1,14). Após a ascensão de seu Filho, Maria assistiu com suas orações a Igreja nascente. Reunida com os apóstolos e algumas mulheres, vemos Maria pedindo, também ela, com suas orações, o dom do Espírito, o qual, na Anunciação, a tinha coberto com sua sombra.

  1. Maria, mãe da Igreja.
A bem-aventurada Virgem Maria é Mãe da Igreja na ordem da graça porque deu à luz Jesus, o Filho de Deus, Cabeça do corpo, que é a Igreja, Jesus, agonizante na cruz, apontou-a como mãe do discípulo com estas palavras: “Eis a tua mãe!” (Jo 19,27).

  1. Maria é venerada conforme a profecia  de Lc 1,48
Nós amamos e veneramos a Virgem Maria, assim como amamos e veneramos os santos, só que com um amor e uma veneração especiais, já que ela foi a mulher que Deus escolheu para se encarnar, para se tornar como um de nós. Maria carregou Jesus em seu ventre durante nove meses; O amamentou; ensinou as primeiras palavras; o acalentou; amparou nos primeiros passos; etc. A própria Virgem Maria disse: "Por isto, desde agora, todas as gerações me proclamarão bem-aventurada" (Lc 1,48). Quem não a venera está fora desta profecia e, conseqüentemente, da comunhão com os planos de Deus.

  1. Maria e Cristo. Em Maria tudo é relativo a Cristo. Só no mistério de Cristo se clarifica plenamente o seu mistério. Quanto mais a Igreja aprofunda o mistério de Cristo tanto mais compreende a singular dignidade da Mãe do Senhor e o seu papel na história da salvação.
Maria e a Igreja. Em Maria tudo – os privilégios, a missão, o destino – é também intrinsecamente relativo ao mistério da Igreja. Na medida em que se aprofunda o mistério da Igreja resplandece mais nitidamente o mistério de Maria. E, por sua vez, a Igreja, contemplando Maria, conhece as próprias origens, a sua natureza íntima, a sua missão de graça, o destino de glória, o caminho de fé que deve percorrer.
Maria e a humanidade.  Finalmente, em Maria, tudo é relativo ao homem, de todos os lugares e de todos os tempos. Ela é um valor universal e permanente. Para os discípulos do Senhor a Virgem é o grande símbolo do homem que alcança as aspirações  mais íntimas da sua inteligência, da sua vontade e do seu coração, abrindo-se por Cristo e no Espírito à transcendência de Deus numa filial dedicação de amor e consolidando-se na história mediante um serviço operante aos irmãos.

  1. Maria e os protestantes. Sobre a posição dos protestantes acerca de Maria, convém dizer que um grupo de teólogos protestantes da Alemanha Oriental publicou o  "Manifesto de Dresden", em maio de 1982 onde eles afirmam:
 "No seu 'Magnificat', Maria declara que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada até o fim dos tempos. Todos nós verificamos que esta profecia se cumpre na Igreja Católica, e, nestes tempos dolorosos, com intensidade sem precedentes. Na Igreja Evangélica, tal profecia caiu em tão grande esquecimento, que dificilmente se encontra algum vestígio da mesma. Sufocando no coração o culto da Virgem, os evangélicos destruíram os sentimentos mais delicados da Piedade cristã”.


  1. Finalizamos recordando que o quarto Mandamento é "honrar pai e mãe." Então imaginemos a honra especial que Nosso Senhor Jesus Cristo prestou à Sua Mãe, uma honra excelsa e perfeita! E sendo Ele o nosso maior exemplo, devemos nós também prestar à Santíssima Virgem Maria honra semelhante àquela prestada por Nosso Senhor e por tantos santos e santas ao longo dos séculos.

  1. A nossa Igreja sempre amou e venerou a Virgem Maria durante estes dois mil anos de história e nós fazemos parte daquela geração que a chama de mulher bem aventurada (Lc 1,14) O povo cristão  conforme sua devoção e amor atribuiu a Maria muitos nomes carinhosos, como: Maria de Nazaré, Nossa Senhora de Lurdes, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora Aparecida, Nossa senhora de Guadalupe, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora das Graças....



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