A arrancada inicial já foi dada: o Curso do Evangelho de Lucas já está em nossas mãos, os Formadores já tiveram sua capacitação, todos enfim estamos ansiosos para começar esta segunda etapa da Escola Bíblica para mais uma sacudida missionária. E ninguém irá perder o bonde da história.
Lucas escreveu para as nossa Comunidades perdidas neste caos que é o mundo moderno, cheio de problemas e desafios, seja na cidade seja no interior.
As nossas Comunidades precisam mesmo das orientações de Lucas, pois também nelas há gente que sofre todo tipo de privação e angústia, passando mil necessidades como o pobre Lázaro. E a riqueza acumulada e estéril nos coração dos Zaqueus da vida deverá se transformar no banquete do Reino onde os principais convidados são os pobres.
As nossas Comunidades e Grupos hoje são bem diversificados: ombro a ombro está um vereador e um gari, uma secretária de Estado e uma balconista, como as Comunidades a quem Lucas se dirigia, freqüentadas por diferentes categorias sociais do Império e do povo.
Lucas quer nos esclarecer também sobre a função e o papel das mulheres, pois ontem como hoje, elas têm uma atuação de destaque. Os maiores exemplos são o de Maria a “cheia de graça”, Isabel a “repleta de Espírito Santo” e o de tantas mulheres que “muito amam” que são discípulas e comparáveis ao próprio Pai do Céu (13,21)e fiéis até na subida do monte Calvário.
Mas a motivação mais urgente que levou Lucas a escrever este Evangelho foi a situação da igreja que atravessava uma crise muito forte e havia uma situação de desânimo. Os cristãos eram uma minoria sujeita a todo tipo de repressão e ameaça. Muitos estavam abalados em sua fé em Jesus e não se sentiam seguros na vida fraterna e solidária da comunidade. Era preciso renovar a fé na presença de Jesus ressuscitado e destacar o valor da partilha. O episódio dos discípulos de Emaús é significativo da situação das Comunidades da época.
É por isso que nós da diocese de Rio Branco, nos identificamos com este Evangelho de Lucas, pois está querendo nos esclarecer tantos questionamentos e dar mais força para continuarmos com alegria e coragem a nossa caminhada.
Nós também queremos conhecer Jesus que é o Salvador (2,30-32), o Libertador dos pobres, oprimidos e marginalizados (4,18-19), o Senhor (1,43), o Revelador da Misericórdia do Pai (15,1-32), o Profeta de Deus 2(4,19), o Homem de muita oração (3,21).
Também as nossas Comunidades, os casais que vivenciaram o ECC, os Jovens dos nossos grupos, os carismáticos das nossas paróquias querem conhecer o caminho do discípulo que precisa decidir-se firmemente (9,57-62), ser perseverante e confiar (11,5-13), despojar-se de tudo (14,25-33), ser misericordioso (10,29-37), ser vigilante (12,35-48).
Estudando este Evangelho conheceremos e valorizaremos mais o Espírito Santo que é o grande protagonista que guia Jesus em sua Missão e continua guiando os discípulos de hoje para serem missionários atuantes e atualizados.
Neste mundo de tanta violência, conheceremos a Misericórdia de Jesus que se comove com a dor da viúva de Naim, perdoa a pecadora que lhe unge os pés, conta a parábola do Bom samaritano, da ovelha perdida, da moeda perdida, do filho perdido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário